Elevator Wit




Minha cabeça está cheia de gente que nunca existiu, sussurando aos berros vidas e obras eternas por falar gritando com o silêncio presente em todos nós. Seus autores, gigantes em seu desterro por serem tão pequenos e tão menores que tudo aquilo sentido e concebido do interior para o infinito, sofrendo as dores do parto de mundos que não existem apenas por simples detalhes, sejam esses detalhes a perfeição de ritmo, da loucura vivida ou da virtude sonhada. A vida é anedota ongoing em prosa cuspida e escarrada.


Num raro momento de lógica nessas linhas (a sinceridade é amiga, mas a coerência sempre fugiu do meu lápis como um diabo medroso foge de uma cruz banhada em água benta) digo no meu próprio ouvido, em bom tom e sem confete: desenho a vida em garranchos sem precisão - meus herois tem na arte sua espada, eu só tenho desculpas e sorrisos de canto de boca - e desfio textos que são como atestados autenticados de falta de como proceder perante as letras. Sem trunfo nem fator mutante, sorrio quando percebo quanta suadeira é necessária pra manter no mínimo uma postura reta e uma mente clara.