Oi. Você não tá aí, né. Bom. Eu vim aqui pra falar
fiado de umas coisas que ando suspeitando. Nada
muito sério, não vá perder seu sono junto com o meu.
De fato, essa é a primeira suspeita: acho que não se
dorme mais propriamente nesse mundo. Brincadeira, deve
ser só eu e mais uns abençoados que fomos tocados pela
urgência terrestre de manter alguém acordado. Minha
teoria principal se baseia falsamente na suspeita de
existir uma cota de azar mundial a ser cumprida, sendo
uma ameaça ao equilíbrio bêbado de tudo a falta de
castigo de certo número de lombos predestinados.
fiado de umas coisas que ando suspeitando. Nada
muito sério, não vá perder seu sono junto com o meu.
De fato, essa é a primeira suspeita: acho que não se
dorme mais propriamente nesse mundo. Brincadeira, deve
ser só eu e mais uns abençoados que fomos tocados pela
urgência terrestre de manter alguém acordado. Minha
teoria principal se baseia falsamente na suspeita de
existir uma cota de azar mundial a ser cumprida, sendo
uma ameaça ao equilíbrio bêbado de tudo a falta de
castigo de certo número de lombos predestinados.
Sim, porque se você pensar a respeito, vai ver
que cada sorriso é companheiro e opositor de um
esgar de pesar. Uma aguçada no olhar mostra
uma espécie de etnia multiétnica (percebe?)
destinada ao açoite esporádico e intermitente,
tendo esses indíviduos em comum com seus
pares apenas o olhar tombado por
um brilho que só a dor pode polir.
Quando identificados na multidão, tais
figuras deveriam ser encaradas não com
reverência, isso seria atestar tolice, mas
talvez com solenidade, respeitando o peso
da presença de alguém que ousa fazer calço
num pilar do mundo. Não se sofre pelos
outros, se sofre pelo sofrimento, esse sim
eterno.
que cada sorriso é companheiro e opositor de um
esgar de pesar. Uma aguçada no olhar mostra
uma espécie de etnia multiétnica (percebe?)
destinada ao açoite esporádico e intermitente,
tendo esses indíviduos em comum com seus
pares apenas o olhar tombado por
um brilho que só a dor pode polir.
Quando identificados na multidão, tais
figuras deveriam ser encaradas não com
reverência, isso seria atestar tolice, mas
talvez com solenidade, respeitando o peso
da presença de alguém que ousa fazer calço
num pilar do mundo. Não se sofre pelos
outros, se sofre pelo sofrimento, esse sim
eterno.