o tango da despedida em flamenco, por favor

os dedoches do quase círculo polar


depois de um tempo vendo o mundo desbotar e
percebendo que não se pode acabar com o frio
de todos com meia dúzia de mantas parahyba, o
fatídico desfecho que se apresenta é aquele das
casinhas iguais, jornadas desgastantes e plástico
bolha contra esse mundo que só faz chacoalhar.
pero abra los ojos, niño. atenta para o acaso
que zela por todos nós, tolos.


lá e cá outra vez? sim, mas não mais
o mais do mesmo. o mundo gira sem brilho
de novo, mas com aquele orgulho abafado
das coisas de luz própria. ainda é fato que a
vida é muito mais um esporte de esquiva do
que de contato, mas alguém lembra que a
união pode consistir em esquivar-se para o
mesmo lado. a isto, agradeço desde sempre.